Élvio
"Mais uma história para o ócio dos que falam do amor das pessoas como de um terrível vício. A minha contribuição para quem, com a infelicidade alheia, compensa sua própria infelicidade."

Recital da Boite Barroco (1968 num dia de verão qualquer dos tempos da Ditadura e da censura em grifos luminosos)

O café da manhã é um momento especial do meu dia. Degustando um café de um blend especialíssimo e torradas au beurre, recebi um sonoro e firme "bonjour". De uniforme de uma empresa qualquer (impressionante como são iguais em todo o mundo), apresentou-se como o responsável pelo fogão. "Vim consertá-lo."
Por um momento achei que fosse um stripper de Natal. Ahh, fetiche dos bons esses. Um corpo correto, um porte altivo, num uniforme apertado e uma calça preta dessas que marca com perfeição a bunda.
Inclinou-se para consertar o forno e ofereceu-me a paradisíaca visão da sua bunda. Por inintermináveis minutos estive hiponotizado por aquele monumento glúteo.
Findo seu serviço, foi-se.
Como todo stripper que se preze.